Tempo de voltar e aquecer os dedos!

  • Laís Sousa

Imagem: Montagem

Por Laís Sousa


Tem tempo desde a última vez em que meus dedos deixaram MEGA registros por aqui. A chave de tudo é justamente o arrocho do tempo. Neste meio tempo muitas águas rolaram, inclusive as de março que fecharam o verão faz tempo, porque o inverno já tá mil grau por aqui (quase abaixo de zero, diga-se por sensação térmica mesmo).

Enfim, muita coisa já repercutiu e, na minha cabeça, seria tema para hablar... uma temporada inteirinha de BBB e processos para tornar o inominável I-NE-LE-GÍ-VEL, imagine... mas tempo é aquela coisinha que não dá para recuperar e, como fazer retrô sem virar textão? Você iria apenas me responder psicologicamente um "sem tempo, irmã". E eu MEGA entenderia você.

Então, na prática, o que estou querendo aqui é que vocês me permitam novamente um tempinho de leitura que eu me dedicarei ao tempinho de escrita do que pode e deve roubar nossa atenção em questão de tempo. Se não for pedir muito, ainda peço um dedo de prosa e opinião! haha

Vamos lá, aquecendo os dedos com o que ví durante a semana (do auge desses 15º graus alguma coisa tem que ser aquecida, não é mesmo?!):

Primeiramente gostaria de dizer que tudo, examente tudo que eu vejo relacionado ao "eterno menino Ney" é contra minha vontade e esse ranço já tem tempo. Antes que apareça mais uma propensa 'Fazendeira 24' com seus prints na sequência emoji-cumprimento-promessa-convite do golpe estilo "cai quem quer" e o dito cujo ironize ou faça mais uma declaração pública de "erro", queria deixar tão claro e público quanto às exposições e vexames que passa a Bruna atual, aquela que ainda não se livrou do "gostoso", que erro é ter mais de 15 anos e ainda idolatrar Neymar. Frisando situações como a de Preta, que expõs sobre a traição sofrida pelo agora ex-marido com uma ex-funcionária ocorrida em tempos tão sérios de enfrentamento de um câncer, queria salientar que traição é escolha. Sem mais nem meio mais: erro é apoiar e solidificar a estrutura do machismo, enquanto mulheres são traídas e criticadas para que traidores se achem no direito de exigir paz, anunciem eventos solidários e mansão disNEYlândia Jr. para continuar brincando de ser gente, e, ironicamente, brincar com mulheres, com famílias, com filhAs ainda por nascer. Se eu pudesse escolher, utilizaria para estes o dedo do meio para mandar se *****!

Mas como nem tudo é apontar o dedo, talvez vamos tocar o dedo em ferida: Casamento às Cegas. Porque não né?! Essa semana a Netflix lançou ao vivo o reencontro da segunda temporada da edição brasileira, marcada pelo record de casamentos. Tenho por esse reality uma relação de amor (porque parece trazer uma esperança para o sonho romântico) e ódio (porque se os boys selecionados são assim, imagine os que a gente cata no lixo). O fato que roubou a atenção geral foi que Karen, única das cinco finalistas cujo casamento deu e, ao meu ver, já tinha começado errado, foi pedida em casamento por um outro "conversante" das cabines. Pior que o casamento que durou duas semanas foi o noivado que não durou 24h, uma vez que o tal pretendente teve expostos casos que nem deu para contar nos dedos sobre atitudes de quem não estava comprometido, imagine pronto para casar. Em meio a essa presepada inteira ainda acharam espaço para culpabilizar a mulher: acusar de "dedo podre" por ter sido enganada, traída e "escolher mal" é deixar de notar quem realmente tem comportamentos podres na história. A cilada do machismo segue pesando para quem estende o dedo para aceitar um anel que simboliza uma realidade que não existe, uma proposta que não será cumprida, a podridão de não honrar sentimentos. Eu levanto o dedo para dizer que também já fui Karen e te convido a pensar que não dá para ter nada podre tendo fé no amor, não dá!

E a propaganda que fez geral se emocionar sem colocar o dedo no olho?! Pois é, Wolkswagen comemorou 70 anos (de passado questionável na ditadura) utilizando a Inteligência Artificial (AI) para reunir a memorável Elis Regina e sua filha Maria Rita em um comercial que colocou as divas lado a lado em versões diferentes da kombi. A versão lançamento é feia, é, mas "Como Nossos Pais" é uma música que sempre vai tocar a alma. Ontem, hoje e pra frente... já que precisamos desenvolver sabedoria e resiliência para enfrentar o que quer que a potência da AI vai nos proporcionar.

E por fim, um convite estratégico para continuar usando os dedos: Se você não sabe que o Elon Musk anda fazendo fanfarrices no Twitter, deve saber ao menos que a Meta tem o toque de midas para fazer marketing de oportunidade e conquistar uma fatia ainda maior do mercado. Chegamos ao BOOOOOOM do Threads, e se tiver difícil de pronunciar, faça igual a mim: chame de "passarinho do Instagram", rs. Os apps são parecidíssimo, focados nos textos e com o objetivo de ser espaço para opinar sobre assuntos em alta. A diferença é que Zuck, que não é bobo nem nada, tinha a carta na manga perfeita para fazer a rede bombar: aproveitar os 2 bilhões de usuários ativos no Instagram, integrando assim as duas redes. É aquela né?! Quem chega primeiro bebe, água limpa e mesmo que a rede não dê em nada, é sempre bom garantir o @. Podemos dizer que entramos quando tudo era mato e que mato que cresceu rápido, viu?! Recorde que outras plataformas levaram dias e até anos pra alcançar foi batido em horas. E lá vamos nós ter mais um negócio para dar conta ou abandonar num estalar de dedos.   


Laís Sousa

Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!
@laissousa_
laissousazn@gmail.com

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