POR SEGUNDOS DE PAZ NO BRASIL!

  • Laís Sousa

Foto: Blog do Iam


Por Laís Sousa

Após ler ou ver a grande maioria das notícias, críticas ou memes relacionados a atualidades em nosso país, um comentário virou praxe: “o brasileiro não tem um segundo de paz”.

Não tem! É queda atrás de tombo. Vixe atrás de eita. Misericórdia atrás de credeuspadi. E a grande questão: Que tiro foi esse? Quem nos defenderay? Sabe-se lá o que é “de bem” quando nada de bom provém. Sabe-se lá o que é genuíno se em defesa de divindades afloram demônios…

Perigo!

Se o caos assola o mundo, no Brasil, temos o brasileiro (ARMADO) que assola o outro, com farda ou não. Tudo vira uma guerra, sobretudo por intolerância. Contra a sexualidade; Contra o ser feminino; Contra a negritude e classe; e, na mais recente tragédia, contra a posição política - especialmente neste período que antecede a “festa da democracia”, vulgo eleições.

Por mais lamentável que seja o fato de personalidades políticas ganharem o nível de representatividade capaz de polarizar pessoas em times e torcidas a la jogos esportivos em que se tem campeões e perdedores, é, no mínimo, deprimente o assassinato de um cidadão durante a comemoração temática de seu aniversário. O ápice do desrespeito e falta de aceitação que já vinha se mostrando de forma pontual através de pensamentos violentos formatados em ameaças virtuais e lançamento de ovos e merda (literal).

Se, por tanto, ficamos apáticos e só conseguimos sentir, por quanto e sempre é preciso refletir e, mais que isso, combater. O filósofo Karl Popper definiu o 'paradoxo da tolerância': "A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles”. 

Intolerância não se tolera!

Todos nós temos por dever, cidadão também, de não abrigar cada pequena atitude que vai de encontro aos princípios da vida em sociedade e em uma democracia. É por meio do diálogo civilizado no que nos difere que se busca consensos a fim de pensar e evoluir para um país melhor. Nenhuma postura diferente do respeito deve ser tolerada, ignorada ou menosprezada em sua capacidade de se tornar um problema bem maior.

Em uma nação que não se pode divergir, não se pode viver. Tem sido literal a perda de vidas… 

A pergunta não é “onde vai parar” e sim “quem vai”. Somos nós, cada um! Se dermos tempo e espaço eles ocuparão todos os lugares e segundos. Exterminarão o bom senso, o diferente e todas as nossas lembranças e referências de paz. 

Quem teve um segundo de paz nos últimos tempos conseguiu se colocar acima de tudo e todos. Mas veja só, pasmem, isso não é um mérito na pátria que precisa de amor para ser amada. Ai Brasiiiil!

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Sobre a autora: Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas vagas e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e comentarista por esporte sorte. Vamos fugir!

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Laís Sousa

Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!
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