O BRILHO SUMINDO

  • Laís Sousa

Foto: Gpointstudio/Thinkstock 


Por Laís Sousa

De março de 2017 a março de 2022 a nossa moeda perdeu 31,32% de seu valor e poder de compra, segundo informações do G1. Isso é real! As porcentagens se refletem todos os dias nas nossas vidas que, com o mesmo valor de anos atrás, conseguimos comprar dois terços a menos - reflexo de preços mais altos para os mesmos produtos e serviços.

Vivemos o pior cenário em termos de inflação x reajuste de salários. Esta realidade afeta os orçamentos das famílias; Para as mais pobres, o aumento dos preços dos alimentos e do gás de cozinha consome boa parte da renda. Em pelo menos 11 capitais, apenas os itens da cesta básica já equivaliam a mais de 50% do salário mínimo em março deste ano. Já as famílias de renda alta sentiram os reajustes dos preços de transporte, puxados pelo aumento da gasolina.

Se de forma coletiva e familiar, sentimos, na perspectiva individual, o impacto na qualidade de vida e realização pessoal tem influenciado o “brilho” de cada um…

Está sendo comum nos pegarmos passando o dia em busca de mais coisas para fazer, mais coisas para aprender, mais oportunidades para se dedicar. Sintomas de ansiedade…

Para comigo, respira e leia isso: 

“A diferença entre pessoas bem-sucedidas e pessoas realmente bem-sucedidas é que as pessoas realmente bem-sucedidas dizem não a quase tudo.” É assim que o investidor Warren Buffett simplifica a definição de sucesso. 

Sabe o que isso quer dizer?

Primeiro: é preciso entender realmente o que depende de nós. Querer compensar o peso de um declive econômico mundial, consequência de uma pandemia, guerra na Ucrânia, crise hídrica no Brasil… torna o corte de gastos mais pessoal, um corte na pele que frustra sonhos e planos.   

Vá quebrando todo pensamento automático que te leva à autocobrança: “tudo só depende de você”. É aí que está o problema. Não em você. No tudo. Não em tudo. Mas na dependência. Porque nem tudo e, se for analisar bem, bem pouco depende exclusivamente de nós para dar certo. 

Apesar de ser compreensível querer abraçar todas as aparentes oportunidades que “aparecem”, o acúmulo de tarefas, compromissos e atividades pode simplesmente tirar o foco, além de levar a um esgotamento mental.

Se você tem dificuldade para negar convites sabe como pode ser desgastante tentar dar conta de tudo e acabar deixando coisas inconcluídas pelo caminho. 

Chegamos ao meio do ano, falta pouco para a reta final. De fato, tem sido cada vez mais tentador o desejo de acúmulo. A iminência do “menos” nos faz querer sempre “mais”. Mas quanto disso é preciso para minar nossa energia e acabar com nossa “saturação”?

Eu não vou dizer que é fácil. Às vezes é preciso dizer “não” para nós mesmos. A cada dia o desafio de manter a nossa chama acesa parece maior. Mas, compartilho com vocês uma forma de facilitar esse processo: planejar.

Além do planejamento financeiro, planejar o tempo, que é o bem de maior valor que nos resta. Planejar a semana no final de semana, planejar cada dia na noite anterior, listar prioridades para cada dia. Isso ajuda a manter o foco e dizer “sim” ou "não" para outras coisas que aparecerem, sem que impacte no que realmente depende de nós. 

E olha… com planejamento as boas ideias encontram um jeito de nos encontrar!

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Sobre a autora: Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas vagas e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e comentarista por esporte sorte. Vamos fugir!

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Laís Sousa

Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!
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