Outubro Rosa: qual é o papel do psicólogo na prevenção e combate ao câncer de mama?

No Brasil, o câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele

Foto: reprodução


Outubro Rosa é uma campanha anual realizada em todo mundo no mês de outubro, com o objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. “Esta importante mobilização também ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, convocando as mulheres a frequentar o médico e a realizar a mamografia de modo preventivo”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT.

No Brasil, o câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele. Entre as principais medidas para prevenir a doença, estão o autoexame das mamas, realizado pela própria mulher, ao observar e apalpar as mamas no dia a dia e a mamografia de rotina, considerada fundamental, já que possibilita a descoberta do câncer antes mesmo da paciente apresentar sintomas.

A prevenção, porém, é uma atitude que pode causar desconforto em algumas pessoas e isso requer tratamento psicológico. “Algumas pessoas têm receio de ir ao médico de forma preventiva por acreditar que algum problema grave possa ser descoberto”, explica Colombini. “No autoexame, esse tipo de sentimento aversivo acontece porque examinar o próprio corpo à procura de possíveis sinais de uma doença pode causar uma sensação de proximidade da morte e da doença, podendo levar algumas mulheres à procrastinação e a uma falsa sensação de segurança e controle”, destaca o especialista.

Obviamente esse é um comportamento bastante nocivo, já que cerca de 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados no início têm chance de cura. Colombini destaca que o profissional de saúde mental tem, nesses casos, um papel importante junto à medicina preventiva e à medicina comportamental. “Além de oferecer informações e ajudar a quebrar possíveis tabus relacionados aos exames de prevenção, o suporte psicológico ajuda os pacientes a lidarem melhor com sentimentos de medo e ansiedade atrelados às visitas ao médico”, afirma.

Nesse sentido, o Acompanhamento Terapêutico, também conhecido como AT, modalidade clínica onde o psicólogo atende seus pacientes fora do consultório, é uma possibilidade de suporte e auxílio. “Mulheres que possuem medo e ansiedade de ir ao médico podem ser atendidas por acompanhantes terapêuticos que, estando junto com elas em seu dia a dia, podem ajudar a lidar com as procrastinações”, diz o especialista. “E, assim, o profissional poderá auxiliar a paciente a identificar possíveis gatilhos que levam ao desconforto e desenvolver habilidades de autocontrole e regulação emocional”, completa.

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