Redes sociais impactam a autoestima de jovens e adolescentes

Estudo inglês indicou que quanto mais jovem, maior o impacto das redes sociais na autoestima; sorriso é um dos pontos que mais abalam a autoconfiança

Foto: Divulgação


Com a força das redes sociais e a cobrança pela aparência gerada pelo efeito “selfie” criado por elas, o descontentamento com o sorriso ganhou ainda mais força. Um estudo realizado pelas universidades de Oxford e Cambridge, no Reino Unido, analisou como as redes sociais afetam a vida das pessoas.

Foram analisadas 84 mil pessoas com idades entre 10 e 80 anos. O resultado mostrou que quanto mais jovem, maior o impacto das redes sociais na autoestima e que isso pode estar ligado às mudanças no cérebro e a puberdade. No início da adolescência, quando os hormônios estão à flor da pele e tudo é sentido com mais intensidade, e a falta de alinhamento dos dentes muitas vezes pode ser um dos fatores que impacta o dia a dia dos jovens, tanto funcional quanto psicologicamente.

O sorriso era justamente o que abalava a autoconfiança da ginasta Giovana Martins. “Com 11 anos coloquei aparelho para corrigir a posição dos meus dentes. Quando comecei a usar máscara foi um alívio”, revela. “Depois de dois anos, troquei os braquetes pelo alinhador transparente. Além de ser mais prático e confortável para mim, não aparece quando sorrio”, conta. “Muitas vezes, no início da adolescência, a dentição não está totalmente formada, e o tamanho dos dentes ainda está desconexo, inibindo o sorriso dos adolescentes. Por isso, a avaliação do dentista quanto aos tratamentos possíveis é muito importante”, explica a dentista da ginasta e especialista em alinhadores, Isabela Shimizu.

A psicóloga do Hospital Marcelino Champagnat, Andressa Engelmann, alerta que a fase da adolescência é marcada por grandes mudanças físicas e psicológicas, e a incursão na dinâmica social pode ser um pouco dramática quando os complexos de imagens aparecem. “Meninas e meninos, quando entram na puberdade, por volta dos 12 anos, costumam ficar mais sensíveis a exigências familiares, midiáticas e sociais, todas muito ligadas à autoestima do jovem. A aparência é algo que está relacionado à aceitação no grupo e tem grande peso para eles. É importante ficarmos atentos para que isso não se transforme em transtornos de imagem.” afirma Andressa.

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