Mesmo registrando um lucro de R$ 11,93 bilhões no primeiro semestre de 2025 — um crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado —, o Bradesco mantém uma política de cortes e fechamento de unidades em todo o país. A situação é especialmente crítica na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR).

Nesta terça-feira (12), a partir das 9h, trabalhadores e trabalhadoras do banco realizam mobilização no Dia Nacional de Luta, denunciando os impactos das medidas sobre funcionários e clientes.

Segundo o sindicato, desde janeiro o Bradesco foi responsável por 75% dos desligamentos de bancários na região. No cenário nacional, 2.564 postos de trabalho foram encerrados nos últimos 12 meses, sendo 1.218 apenas no último trimestre.

A redução no quadro de pessoal tem gerado sobrecarga de trabalho e comprometido a saúde da categoria. Somente em 2025, o SEEB/VCR emitiu 56 Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs) envolvendo empregados do Bradesco — 82% de todos os casos registrados na região.

O fechamento de unidades também preocupa. Em um ano, o banco encerrou 342 agências, 1.067 postos de atendimento e 127 unidades de negócios no país. No sudoeste baiano, já não funcionam mais as agências de Anagé, Bom Jesus da Serra, Nova Canaã, Potiraguá, Rio de Contas, Tanhaçu e Tremedal. Também está confirmado o fechamento das unidades de Contendas do Sincorá, Ibicuí, Macarani, Maetinga, Maiquinique e Ribeirão do Largo.

A mobilização desta terça busca pressionar o banco a rever sua política de cortes e a garantir condições dignas de trabalho e atendimento à população.

Com informações do SEEBVC