Depois de um início animador na Série D do Campeonato Brasileiro, a Associação Desportiva Jequié (ADJ) vive um drama na reta final da primeira fase. O que parecia uma classificação tranquila virou uma missão quase impossível. Para seguir viva na competição, o time baiano precisa vencer o Sergipe, fora de casa, no próximo domingo (28), às 16h, e não basta um triunfo simples: a vitória precisa ser por pelo menos três gols de diferença.

A partida será em Aracaju, casa do adversário direto pela última vaga do Grupo A4. Ambos estão empatados na luta pela classificação, mas os critérios de desempate complicam a vida da ADJ. Com saldo de gols zerado, o Jequié precisa reverter os cinco gols de vantagem do Sergipe, que soma saldo positivo de +5. Assim, um 3 a 0, por exemplo, colocaria os baianos na próxima fase e eliminaria os donos da casa.

Pontos desperdiçados em casa pesam na reta final

O cenário delicado é resultado direto dos tropeços da ADJ dentro de seus domínios. Em sete jogos no Waldomirão, o Jequié venceu apenas três, empatou três e perdeu um — desempenho que custou caro. Empates contra os lanternas Barcelona de Ilhéus e Penedense (AL) escancararam a falta de regularidade da equipe e deixaram a missão final ainda mais ingrata.

Agora, a equipe terá que mostrar um futebol que ainda não apresentou fora de casa nesta Série D, onde os desafios têm sido maiores e os resultados mais escassos.

Bahia pode ter só um representante na próxima fase

Enquanto o Jequié vive a tensão da última rodada, a Juazeirense já garantiu presença na próxima fase. O time de Juazeiro assegurou a classificação antecipada e, no domingo, encara o líder ASA, em Arapiraca, apenas para cumprir tabela. Com isso, a Juazeirense pode se tornar o único representante baiano no mata-mata da Série D, caso a ADJ não consiga o milagre em Aracaju.

Além de ASA e Juazeirense, o Lagarto, de Sergipe, também já carimbou o passaporte para a próxima fase. Resta agora uma única vaga — e ela será decidida em um confronto direto eletrizante entre Sergipe e Jequié.

Domingo, às 16h, a bola rola no Batistão, e o Jequié entrará em campo precisando mais do que futebol: vai precisar de superação, precisão e, sobretudo, muita inspiração.