Dia do orgulho LGBTQIA: especialista explica a importância de debater o tema

O objetivo principal é que, durante o mês, eventos celebrem a liberdade e a diversidade, além de propagarem informação e estimularem o debate sobre o tema

Foto: Raphael Renter/Unsplash


Em junho é celebrado, em vários países, o Mês do Orgulho LGBTQIA+. A data está relacionada com a chamada Revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, na cidade de Nova York (EUA). Na época, membros da comunidade foram às ruas contra frequentes episódios de abuso policial. E o dia 28 de junho foi adotado como Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

O objetivo principal é que, durante o mês, eventos celebrem a liberdade e a diversidade, além de propagarem informação e estimularem o debate sobre o tema. 
Segundo a psicóloga, psicanalista e psicoterapeuta Beatriz Breves, especialista na Ciência do Sentir, as pessoas não relacionam o "eu" também como um sentimento. "Sendo o maestro de todos os sentimentos que nos tocam, é o regente e a música da sinfonia, a qual nos torna Ser em nossa existência", explica. A especialista reforça que a realidade materializável não é suficiente para definir uma identidade, pois se torna necessário considerar também a realidade psíquica.

Conhecido como mês da diversidade, junho é marcado pela luta pela igualdade de mulheres e homens, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e todas as identidades, sexualidades e afetividades que continuam reafirmando haver muitas razões para seguir celebrando as conquistas e ter orgulho de ser quem são. Para a especialista é fundamental que haja o debate sobre o tema "quebrar preconceitos, se a gente sabe que o preconceito se estrutura em ideias sem crítica, sem qualquer fundamentação que se valide na prática, poder debater qualquer ideia preconceituosa, seja qual for, vai esclarecer as pessoas. Levar o entendimento de que não está se falando de algo errado, doentio, mas que está se falando de maneiras diferentes de estar na vida, enfim, e que não torna ninguém melhor ou pior e que muito menos vai prejudicar alguém."

Apesar das conquistas garantidas hoje em dia, Beatriz Breves explica ser necessário que a sociedade no geral saiba a importância do tema para haver  mais discussões e haja mais Inclusão e diversidade em locais que ainda não há.

"Com certeza, se a gente pretende uma sociedade na qual prevaleça o convívio democrático onde todos podem fazer uso dos seus direitos e deveres, o conhecimento, em minha opinião, é o melhor caminho. E, sem dúvidas, os debates e as discussões se tornam importantissíma via para o esclarecimento, para quebra dos preconceitos, o que acaba gerando um convívio mais respeitoso de consideração, não discriminação enfim, de liberdade para ser." 

Este período, marcado por eventos como as paradas da diversidade, também inspira debates sobre a importância da luta contra a LGBTfobia e em favor dos direitos de pessoas de todas as orientações sexuais e identidades de gênero.
 

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